terça-feira, 15 de junho de 2010

Um maior qualquer coisa

Sente-se como se estivesse tão longe que não pode alcançar. Incapaz de tocar. Observa com lagrimas que nem tudo está como o esperado, aliás, inesperada é a forma que ela vive. Se vive a esperar já não sei, mas nada ela faz. Coração dilacerado que pelo visto não sara nunca. Um único amor que insiste em fincar-se em seu peito como um punhal, tão verdadeiro que não dá pra disfarçar. E qual seria o erro de um amor verdadeiro? Não minto, não nego, ah como eu queria, de tal força absurda, arrancar isso do peito, jogar literalmente no lixo e ficar olhando até que sangre, murcha e apodreça. Bom, sangrar ele já sangra e não é pouco. O resto só requer tempo, e como dói ser dependente do tempo, ver que nada pode ser feito e mais uma vez no dia sentir-se incapaz. Minha maior dor, meu maior amor, meu maior desejo, meu maior veneno. Meu maior. Que não tão grande foi de tempo, nem tão curto de sentimento. Mas que se acabou num piscar dos olhos, numa palavra dita por impulso ou por destino, mesmo eu nele não acreditando. Que por maior que seja essa dor, é só mais uma prova de que tudo por você, sem indagação sempre foi maior!

Um comentário:

Luanne de Cássia disse...

O tempo cura sim, deixa a cicatriz, mas cura.

Uma cura lenta, e doída.