segunda-feira, 31 de maio de 2010

Maldito Entusiasmo


E então naquela esquina te encontrei, e como é difícil dizer, mas não foi como esperei. Nem um gole da sua cerveja eu tomei, nem um trago do seu cigarro eu fumei. Nem ao menos o abraço verdadeiro eu te dei. Entre as poucas vergonhosas e sentidas lágrimas que, por fraqueza momentânea, deixei escorrer havia esperança, confiança e no fundo, talvez, quem sabe, um arrependimento de ter mergulhado sem saber ao menos nadar. Mas nessa o mar foi traiçoeiro, não soube me segurar, te segurar, nos grudar. Ou foi só uma maré. E o barco que embarquei não suportou, mas uma vez. Fervoroso, tépido, rápido e ao mesmo tempo tão sereno. Overdose de sorrisos, tragadas prensadas de alegrias e fungadas de libertinagem. Mas que tão rápido começou. Que tão rápido se acabou. E que por milhares de vezes ainda repetirei, eu odeio o entusiasmo. Mesmo que só exagerado pra dar impacto no texto, eu senti. Mesmo que tão apavorada que fiquei, eu deixei. Mesmo que tão doloroso, eu recuei. Mais band-aid a caixa acabou e meu coração que se alargou ainda falta curativo.

4 comentários:

Luanne de Cássia disse...

band-aid para o coração...
não sei se existe
Dizem ser o tempo
e se for,
o band-aid não tira as cicatrizes mesmo,
parece prudente.

Lindo e profundo post

Luanne de Cássia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Byers disse...

O coração não conhece circunstancias, e o que o acomete, é pathos, doença, se cura sozinha sem band-ads, por isso eles não existam, talvez na quantidade necessaria.

Texto truncado hein!?

Anônimo disse...

Soh achei as rimas fracas ... mas o conteudo bom ...
Tem potencial ... soh precisa trabalhar algumas tecnicas ..
Parabens..

Dah uma passada no meu blog: ArtCulando

http://artculando.wordpress.com

=)