quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sentimento Bom

E daquilo que tempos atrás era impensável, inacreditavelmente tem se tornado a cada dia que passa, a coisa que mais tenho pensado. E só de ouvir sua voz dentro de mim tudo parece se tranquilizar. É como se me dissesse só de olhar “Calma, o sorriso mais lindo está ao seu lado”. Encoste seus lábios nos meus, feche os olhos e esqueça a hora de ir embora, sussurro bem baixinho: que os ponteiros voltem para trás. E é quando eu mais peço que o tempo corre, voa, não espera. Meus pensamentos mais voam em direção a ti, do que qualquer outra coisa e que mesmo sem palavras bonitas e ajeitadas eu sempre tenho o que dizer sobre você. É eu gosto de você. Sorriso irradiante, um olhar hipnotizante, que conquista todos por perto e que nunca para e pelo visto nunca vai parar de me conquistar a cada gesto e dia que passa. Que seja bom, que seja certo. E que pode ter certeza que tudo o que eu faço é pra te deixar como você sem esforço nenhum tem me deixado ultimamente, extasiada, abismada, maravilhada de tanto sentimento bom ao som de qualquer som.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Possivelmente impossível

Como quem olha para frente, ou para trás, é de preferência para trás, e vê só aquilo que por descaso ou descuido não pode mais ser visto. Se deparar com tamanha e estranha mania de sempre querer o impossível. E como se o impossível bastasse. Não basta. Ela está numa lamentável fase de querer tudo ao mesmo tempo, mas não por muito tempo. Desejos sobem e somem. Isso corrói, corrompe e mata, aos poucos. Numa esquina ama, na outra desencanta. Mas o que poucos sabem, muito menos ela, é que dos becos mais escuros ao montes mais claros, o que ela realmente procura é paz, um copo de vinho e uma companhia agradável e de verdade, um sentimento qualquer que pode ser fantasiado sem culpa de amor.

domingo, 12 de setembro de 2010

Volta

E nessa angustia de quem perde a inspiração. De quem demonstra cansaço sem ao menos ter levantado. Das olheiras que confessam gritando as noites mal dormidas. Do passado mais presente do que o próprio presente. Das fotografias amassadas, amareladas, empoeiradas. Saudade, inspiração, saudade. Sinto falta de quando tudo era mais fácil, de quando o tinta da caneta acabava rápido, do excesso de sentimento transformado em palavras e do coração aliviado. É que nem todas as coisas têm caminhado devidamente. E será mesmo que o lugar certo exista? Vale a pena caminhar ao que se diz o certo? E qual seria o certo? Depende da imaginação, depende do quanto tem esperança de um dia, quem sabe, ser feliz. E isso ultimamente tem sido muito pra mim.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Um maior qualquer coisa

Sente-se como se estivesse tão longe que não pode alcançar. Incapaz de tocar. Observa com lagrimas que nem tudo está como o esperado, aliás, inesperada é a forma que ela vive. Se vive a esperar já não sei, mas nada ela faz. Coração dilacerado que pelo visto não sara nunca. Um único amor que insiste em fincar-se em seu peito como um punhal, tão verdadeiro que não dá pra disfarçar. E qual seria o erro de um amor verdadeiro? Não minto, não nego, ah como eu queria, de tal força absurda, arrancar isso do peito, jogar literalmente no lixo e ficar olhando até que sangre, murcha e apodreça. Bom, sangrar ele já sangra e não é pouco. O resto só requer tempo, e como dói ser dependente do tempo, ver que nada pode ser feito e mais uma vez no dia sentir-se incapaz. Minha maior dor, meu maior amor, meu maior desejo, meu maior veneno. Meu maior. Que não tão grande foi de tempo, nem tão curto de sentimento. Mas que se acabou num piscar dos olhos, numa palavra dita por impulso ou por destino, mesmo eu nele não acreditando. Que por maior que seja essa dor, é só mais uma prova de que tudo por você, sem indagação sempre foi maior!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Maldito Entusiasmo


E então naquela esquina te encontrei, e como é difícil dizer, mas não foi como esperei. Nem um gole da sua cerveja eu tomei, nem um trago do seu cigarro eu fumei. Nem ao menos o abraço verdadeiro eu te dei. Entre as poucas vergonhosas e sentidas lágrimas que, por fraqueza momentânea, deixei escorrer havia esperança, confiança e no fundo, talvez, quem sabe, um arrependimento de ter mergulhado sem saber ao menos nadar. Mas nessa o mar foi traiçoeiro, não soube me segurar, te segurar, nos grudar. Ou foi só uma maré. E o barco que embarquei não suportou, mas uma vez. Fervoroso, tépido, rápido e ao mesmo tempo tão sereno. Overdose de sorrisos, tragadas prensadas de alegrias e fungadas de libertinagem. Mas que tão rápido começou. Que tão rápido se acabou. E que por milhares de vezes ainda repetirei, eu odeio o entusiasmo. Mesmo que só exagerado pra dar impacto no texto, eu senti. Mesmo que tão apavorada que fiquei, eu deixei. Mesmo que tão doloroso, eu recuei. Mais band-aid a caixa acabou e meu coração que se alargou ainda falta curativo.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Felicidade

Ontem eu vi a felicidade passando,
se equilibrando no meio fio,
rodopiando pelas placas,
cantarolando
pisando em poças d'agua
olhando e sorrindo
me procurando entre bares e parques
no meio da rua ou nos altos andares
Mas se eu me perdi,
como pode alguém me achar?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Me sinta

E mais uma vez surgi essa vontade de mergulhar de cabeça, me entregar de corpo e alma, me deixar levar. Eu não sei o que é calma. Só me lembro da calmaria que teus olhos me trouxeram. Tenho receio, tenho medo, tenho anseio e mais medo ainda. Eu senti meu coração se desprender a procura do seu quando encostei minha cabeça no vidro vendo aquela paisagem passando entre meus olhos. Na simetria perfeita do beijo, no momento exato do desejo, no ter desejado bem antes, no querer competir sem a ambição de ganhar. Me olhe nos olhos, me beija a boca, me sinta, feche os olhos, lembre os momentos, cada cara e careta e pela procura da caneta. Feche os olhos e me sinta, mão a mão, mão a corpo, roçando, escorregando, subindo, descendo. E se tua mão ainda estiver gelada, eu aqueço. Eu embarco nessa contigo. Eu deixo o medo, mas me sinta. E se fosse apenas a minha vontade, passariam vários ônibus, amanhecia e escurecia, ao teu lado eu me senti bem, sendo assim não preciso de mais ninguém. Então me sinta, me ligue na madrugada, me acorde de manhã, me encontre naquela esquina, divida o copo, me passe a fumaça e me sinta.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Que mude o tom


Nessa voz desafinada, desatinada e afiada, nessas lembranças mal apagadas e nas lagrimas ácidas. Nos cobertores que são mais quentes, no meu quarto que é mais seguro e na companhia que é mais cômoda. Frustrante é saber que sempre me perdi e te perdi, sem nem motivos, duvidas ou certezas. Encaixo de maneira desalinhada as palavras e frases de impacto que você nem ao menos sabe que digo, penso e ainda afirmo. Mas não é sempre. O gostar de você se tornou menos frequente, é que hoje eu já consigo me distrair e isso não é tão mal assim. Essas lagrimas me enoja e envergonha, eu não quero mais sentir nem por você nem por ninguém, mas meu problema é ter esperanças, não em você e sim na felicidade, é acreditar demais, é me entregar completamente, é deixar levarem a minha mente. Mudança de tom, palavras que se encaixam perfeitamente sem nunca ter sentido. Você cresceu e se perdeu, é triste, enfim, o fim.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Por quase te odiar


Às vezes eu me pergunto quão fora do normal é eu gostar assim de você e sinceramente eu não sei se é tão verdadeiro assim por mais que meu coração acelere, meus olhos brilhem e o sorriso insista em sair, eu não consigo controlar essa vergonha e receio de você. Todo esse seu jeito meio sem juízo na maioria das vezes cansa, teu olhar forçadamente junkie enoja. Ser feliz não significa ser ridículo, não é maldade é sensatez. Status não te deixará melhor, o que você tem por dentro, pode crer que é bem maior. Mas você não lembra, não entende, nunca soube ou jamais quer lembrar. No fundo eu sei que eles não sabem o que eu sei sobre você, sobre papos e risadas e acima de tudo sobre aqueles olhares nos quais dizem quase gritando que não foi em vão.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ah não, ele chegou!


O frio chegou iih. Talvez seja pelos dedos dos pés congelados ou por esse coração que não quer esquentar. Eu gosto do frio, mas é que ele me faz pensar. Quanto mais fria a ponta do meu nariz, mas quente e fervente estão os pensamentos aqui dentro. Chega a queimar! É que em verões passados eu não tinha aquilo que sinto falta nos invernos da vida. Minhas mãos são frias, meu corpo está quente, as únicas reclamações eram sobre elas, tão geladas. Mas deixa eu me esquentar. Um chocolate quente adoçaria minha vida e esquentaria tudo aquilo que ainda falta esquentar. Mas é que desaprendi a técnica do doce, não sei mais sentir.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Ao Contrário


O erro da vida foi ter se atrapalhado, o erro da minha vida foi ter sido ao contrário, é que eu fui feliz de começo, é que eu amei já cedo. Eu não tive calma e a vida não fez por mim, ela foi mais apressada e se deixou passar assim. Pela lógica de que tudo tem seu começo meio e fim, nada aqui foi diferente. Eu fui feliz, eu amei então eu sofri. A veracidade das coisas foram acontecendo sem minha devida permissão, e qual seria o meu poder sobre tudo aquilo que nunca foi meu?

segunda-feira, 22 de março de 2010

Boatos de esquina


Eu sangro com a intenção de te ferir e sinceramente nada espero. Expectativas já não é mais meu ponto forte, eu sinto medo. Ouço boatos e faço deles perversos amigos e saudosos inimigos. A minha famosa contradição se perde no caminho até você, ela pode até chegar, mas há tempos eu perdi a direção e não consigo voltar. O tempo é relativo e mata. Mata não sorrir por dentro, mata sorrir sem querer e mata não saber te esquecer. Por mais distante que tu esteja, por mais marcante que isso seja, nada muda, pelo menos aqui dentro de mim. É nessa insistência de insistir no impossível que eu esbarro caio e sangro. Confiar nas palavras ditas ao vento é lançar-se ao mesmo, sem destino. E cinicamente sorrio para o novo esperando que seja igual o que eu já tive um dia. Talvez eu acerte um dia. É que por mais que eu sangre, eu sonho.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Um fevereiro certeiro


Avassalador, tenebroso e rápido. Límpido como aquela água que roçava nosso corpo em chamas. Um beijo selado por uma mistura colidente de proibição. A intensidade do intenso sempre me impressionou muito e dessa vez não foi por menos. Os pensamentos iam cada vez mais ultrapassando os limites das horas. E sinceramente, sonhar com os pés no chão é tão fascinante quando realmente se sabe sonhar. Num olhar lançado ao nada uma duvida se formava, num sorriso disperso a mesma satisfação só aumentava. Mesmo que rápido foi tão certeiro, me fez sentir tanto pelo desconhecido. O desconhecido que sempre me trouxe medo, hoje está me fazendo falta. E nessa falta, quem sabe um dia eu consiga transformar as varias vidas de um único dia em vários dias de uma mesma vida a dois pra nós dois.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Estupidamente sincero


É engraçado e árduo como eu relaciono cada historia ou até mesmo cada estória com a nossa. Essa insistência em insistir em nós dois é irritante, tornou-se algo erroneamente irritante. Eu esqueço que esqueci de você por alguns instantes e nesses meros segundos eu também falho ao esquecer que não posso deixar essa lagrima rolar, não por você e não por agora. há musicas que cortam, é como se cada letra fosse escrita pra nós, tenho medo dessa obsessão. Não me jogaria mais aos seus pés pedindo o seu perdão, não me vanglorio mais por não ter errado. Meus medos entrelaçados aqueles sorrisos já não são tão verdadeiros e novamente, erroneamente eu penso como poderia ter sido diferente. O orgulho aqui dentro de mim que sempre achava inquebrável se partiu em mil pedaços e sinceramente eu não penso em junta-los. O meu coração apertado entre minhas mãos já parece não pulsar como antes e me envergonho com tal melosa forma de sentir e sofrer. Entre palavras fortes e farsas abusivas, nada fica, e os bons momentos vão se evaporando pela fervura do meu rancor. Farsas abusivas, notavelmente notadas. Eu amo. E por amar eu nunca menti, omiti pra não sofrer, desmenti pra te ver sorrir. Os bons momentos são os únicos lembrados por mais que essas lágrimas escorram no meu rosto já envelhecido. Mas eu te perdôo, o que me resta é ter o teu chamado perdão, sinceramente não sei do que, deve ser por excessivamente te amar, mas eu espero e prontifico a agradecer. Nessas linhas tortas me afasto do seu desamor e daquilo que dirás quando saber que novamente eu estou longe daqui.