terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A falta de audácia


Tantos versos jogados no lixo pela veracidade das palavras, tantos textos ocultos pela falta de audácia. Aquelas pedras no caminho se tornaram relaxantes e talvez esse seja o meu erro, me acostumar, não me importar. Hoje o dia amanheceu em cinzas, sem graça, sem vida. Aquele sol negado pela cortina não trazia cor. Meus olhos levemente se fechavam e o ontem nunca mais voltaria. Eu só queria que não tivesse acabado, pois mesmo tortuoso, mesmo perigoso, você me fazia bem, pois você sabe, você entende, eu quero te respirar como se não houvesse o amanha, e talvez ele não exista, talvez você me falte, me sufoque e me mate.


Agradeço ao Junior pela indicação deste selo!

Regras para o Prêmio Dardos:
1 – Aceitar e exibir a imagem.
2 – Linkar o blog do qual recebeu o prêmio.
3 – Escolher 15 blogs para entregar o Prémio Dardos.

Segue os blogs para os quais eu oferto o Dardos’s Awards:
Verdades e suposições... LOUCURAS

Poiesis- o rato contra a vassoura
Manufatura Nova



Agradeço a Nathália pela indicação deste selo!

Regras :
- Postar as regras.
- Listar suas cinco obsessões, apegos ou manias.
- Indicar mais cinco blogs.


Obsessões, apegos ou manias:
- roer unha
- escrever
- desenhar enquanto estou ao telefone
- falo "cara" em quase todas as minhas conversas
- morder



E os blogs que eu indico:
Excertos
O liquidificador
Hortelã com Canela !
Manufatura-nova
Thiago Assis

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Nada tão complicado quanto os menores defeitos



Eu poderia abrir a janela toda manhã e ver o sol que brilha lá fora se ele não ardesse minha vista já cansada, poderia sorrir levemente quando me lembrasse de ti se não doesse tanto em minha alma. Não existem facas, nem navalhas, a dor é controlável e a lagrima inevitável. Mas mesmo assim, aqui estou com uma face cansada e um sorriso embriagado, aquele cigarro torto entre os dedos, sempre a te esperar. Pois você, somente você, consegue me dominar, e sinceramente eu odeio o poder que você exerce sobre mim.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Ontem


Eu sempre preferi as tempestades de incerteza, o frio da madrugada e um cigarro aceso. Sempre preferi o amor complicado do que a veracidade em demasia. A adrenalina, apenas a adrenalina. Sempre gostei de discutir pelo único motivo da reconciliação prazerosa, mas muitas vezes o orgulho atrapalha e eu quase sempre esqueço esse detalhe. Prefiro o salgado ao doce, o doce ao amargo, o amargo a dor. O sempre se tornou tão disperso que não sei se realmente ainda existe ou se chegou a existir. A eternidade é das coisas escondidas, indecifráveis ou apenas não inventadas. A sorte sempre esteve ao meu lado, mas eu nunca tinha percebido, um dia todos cansam e ela por sua vez fez o seu papel. Hoje eu não acredito em sorte, hoje eu não estou nem aí para o ontem. Hoje só é mais um dia que chamaremos de ontem no amanhã.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Para Pathy Ranghetti


Nada tão complexo quanto o nosso carinho, nem tão disperso quanto as nossas conversas. Se não fosse o ontem, se não fosse o agora ou quem sabe o daqui a pouco, tudo estaria simples e belo. Mas são as coisas belas que nos trás mais nojo, nos trás o sarcasmo do dia a dia ou apenas o desprezo mundano. Mundo de farsas, belas frases de impacto. Naquele quarto, com aquela porta trancada e algumas substancias tóxicas nada belas para nos fazer companhia, as conversas fluem, por mais estejamos num quarto com portas e janelas fechadas, abrimos nossos olhos e vemos o quanto esse mundo é mesquinho, tão mesquinho quanto a forma em que as pessoas estão sempre felizes. Esse mundo mesquinho... mesquinho.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Um pensamento para uma tragada.


Eu já estou cansada de procurar o que existe em mim e perceber que estou cada vez mais vazia. Eu quero paz, eu quero amor, eu quero alegria, eu quero é entrar numa linha plausível comigo mesma. Cansei de tomar um café numa praça movimentada, sozinha, ter que dividir mesa com desconhecidos, eu ao menos gosto de café e muito menos de ser simpática. Talvez eu tenha esquecido que tenho que amar ao próximo como a mim mesma, mas eles me cansam, a não ser quando me convém e geralmente quando me convém é quando eu erro. Eu não tenho calma e nem paciência, odeio quando me pedem isso ou mencionam o que eu já sei. Odeio a incerteza do dia a dia, mas quando as coisas estão claras demais, se tornam chatas. Eu adoro essa minha confusão, pena os outros não intenderem.