sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Um nada expressivo


Se nada complica, eu fico sem entender, se é tudo muito fácil, eu desconfio, se me falta a inspiração eu piro. Me impressionar com o inusitado já não tem mais tanta graça assim, em segundos atrás me sentia menos completa do que daqui a pouco. Eu sempre me pergunto àquilo que nunca terá resposta, mas é meu vicio, eu não nego. O meu passado trás sorriso no rosto mesmo com aquela lagrima escorrendo, tanto nos olhos como no coração, e sinceramente já não dói mais. Incrível é conhecer o verdadeiro sentido do nada e ver que não é bem assim. O nada é bem maior do que eu sinto, o nada está acima do que devo sentir um dia. Sentir um coração a cada esquina é ver como ele não sabe controlar e muito menos suportar seu próprio batimento, e isso sim dói. A dor nem é lamentável, me faz sentir mais viva e pra falar a verdade isso sim é o que realmente dói. Sento-me na esperança de descansar e talvez nessas horas é que eu me canse mais, essas fumaças lançadas ao ar me laçam e eu não tenho e nunca tive escapatória. Meus pensamentos são os meus maiores companheiros assim como sempre foram meus piores inimigos. Mas eu continuo pensando. Como dizem, somos racionais, ou não.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mesmo que tão cedo


Escrevo nessa manhã cinzenta essa carta de certa forma colorida. Tento esconder aquilo que todo mundo já sabe, menos você. O medo de voar cada vez mais alto me faz permanecer sempre no mesmo lugar. Eu poderia andar de mãos dadas com a certeza, mas tudo aquilo que é misterioso sempre me interessou muito. Nadar contra a maré não me fará mais forte, jurar mentiras não me convencerá. Com todos esses tais sentidos o que mais se destaca é aquele que não sei dizer qual é, mas que me faz sentir tanto por você ou pra você. Entre calor, beijos, suor, sabor e tesão o que mais quero são aqueles olhares que me fazem dizer sem palavras que você é tudo aquilo que algum tempo eu esperava. E eu até poderia dizer mais se essa tal coragem não falhasse assim como essa voz, um olhar, meu caro, diz ou pode mostrar além daquilo que se pode imaginar.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Entre curvas e sexo


Eu preciso gostar de você sem me confundir em curvas e sexos. Tentar não me prender em seus sorrisos e olhares mais tentadores. Tudo isso é uma mistura sensata de desejo e algo mais. Talvez eu pense demais por tão pouco. Mas ao mesmo tempo eu sempre penso que poderia ter feito mais por tudo isso. Os seus papos sempre inacabados e com um gosto incontrolado de quero mais. Sinceramente, eu gosto de você sem mais, eu quero sempre te ter, de alguma maneira. Mas você sempre esquece ou eu que acabo lembrando demais. Eu cansei de te julgar, eu cansei de me conformar. Eu não me importo mais com aquilo que você diria quando finalmente eu me declarasse. Como me declaro todo dia, mas você nunca vê. Eu gosto de você.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Faz de conta




Os cigarros nem me fazem mais falta, aqueles goles amargos de incerteza acabaram me afogando. É como se minha vida fosse uma montanha russa, é nos altos que consigo realmente sentir a emoção, mas é nos baixos que eu me sinto segura, sabendo sempre que o chão é o ultimo estagio, mesmo doendo, é o que mais me conforta. O que é certo demais não me atrai, o que é obvio demais me enoja, as tempestades são sempre mais reais e isso talvez é o que me faz sentir viva. Eu cansei de dizer que sempre cansei, chorar por sempre desistirem, me martirizar por sempre fracassar. Honestamente o texto só fica poluído se eu escrever tudo aquilo que acontece de verdade, a poluição já é tão exagerada nisso tudo que até me envergonho de continuar. Então faço de conta que nada aconteceu e sorrio sem ao menos saber por quê. Pois eu não posso fazer mal nenhum, a não ser a mim.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Filme sem fim


É como se meu coração batesse em dois ritmos diferentes. Dois amores com dores, sem dores. É estranho. Talvez fosse mais fácil não viver no passado, mas isso é cada vez mais presente. Enquanto os pensamentos mais dolorosos se afastam, chegam os outros e tomam conta não sendo tão difíceis assim de lidar. É como se a cada dia eu acordasse diferente, os sentimentos explodindo a cada instante e eu realmente não sei mais por quem sentir e o que sentir. Qualquer carta do baralho poderia ser a cartada final, mas eu não quero que seja nem o começo do fim. Nunca gostei do que me conforta tanto e muito menos daquilo que nunca trás segurança, acho que é por isso que dois sentidos me acompanham. O difícil é saber que não está tão equilibrado assim. Eu deito na grama e não consigo mais acompanhar os ritmos que antes eu tinha decorado. Tudo muda em segundos, mas sempre acaba voltando no inicio, como se fosse um filme sem fim. E eu nem penso que faz mal

sábado, 29 de agosto de 2009

Lump Sum


Como se você soubesse tudo o que eu quero ouvir de alguma maneira, lê meus pensamentos e ainda me envolve em desejos inexplicáveis. Como algo fora do comum você tomou conta sem ao menos ter entrado de verdade em mim. Sua sinceridade me corta em pedaços e é isso que me faz sentir tanta falta sua em tão pouco tempo. Deitados, olhando aquele infinito não estrelado, jogando as conversas foras enquanto o tempo parece não passar. Sinto-me inadequadamente confortável entre seus braços e como eu quero que tudo pare de girar quando você esta sobre os meus. Não sei o que deve acontecer, mas mesmo que tão rápido e inimaginável eu já sei o que eu quero que aconteça. Mesmo sem você ao menos saber.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Tantas palavras inadequadas pra nada ou quase nada.


É nos copos de cigarros e tragadas profundas daqueles destilados mais baratos que eu mais penso em como tudo poderia ter dado certo, seus sorrisos tentando esconder a mais verdadeira forma de carinho. Essa superioridade que tanto te destaca poderia ser seu maior defeito, mas é o que eu mais gosto. Palavras adequadas eu não consigo mais encontrar. Necessariamente seria preciso eu aprender que esse sentimento também pode ser bonito e que palavras não tornariam nada menos favorável. Eu não esqueci que talvez eu nunca volte a tocar seu rosto se eu for sincera novamente, mas eu preciso respeitar qualquer movimento brusco que tenho aqui dentro quando lembro que você nunca passou de um caso desfavorável que me faz sentir tanto com tão pouco.

sábado, 1 de agosto de 2009

Está indo pelo ralo




Faz pouco tempo que aceitei, mas isso não significa que te perdoei. Sua infantilidade me trás um aperto no coração que não dói nem amortece. Sinceramente começo a ter vergonha de expor meus sentimentos, sentimentos falidos, sentimentos a ti. Vejo-te tão longe, tão cego e sem sentidos que chego a esquecer que um dia já me fez bem. Mas eu não nego, nem escondo, você foi o motivo dos meus primeiros sorrisos sinceros, mas isso continua não significando que eu te perdoei.

Bem superior a qualquer sentimento existente


Isso tudo é tão errado quanto não gostar de você, eu acho tudo tão sem graça quando não consigo te convencer. Competir à superioridade se perde quando eu tento te esquecer, mas você não sabe, nunca sabe. Tantos dias menosprezando seus dizeres e sinceramente, nunca perdi a vontade de te ter. me acostumar a ti é só maneira mais simples de me enganar. Eu sempre quis você da minha maneira, é só você que não sabe. Eu odeio tanto sua ignorância em relação a tudo isso, mas honestamente, eu não quero te perder.

o desgosto de um desencontro


Todos os dias eu abro os olhos só pra te encontrar, é triste não ter o que falar com muito que dizer. Eu tento encarar as coisas como realmente são, mas a lágrima é tão ácida. É triste me ver sem ter o que fazer, a não ser tentar suportar a acidez dessa maldita lágrima. Desnecessário falar tantas vezes de um só assunto, mas isso só torna as palavras mais verdadeiras, é bom pensar assim, mesmo que seja só por pensar. Lamenta, clama, implora, humilha-se, tentando tirar aquilo que num segundo atrás, era tão menos vivo que daqui a pouco. E fechar os olhos só me trás desgosto, por mais uma vez, de inúmeras outras, que não te encontrei.

sábado, 11 de julho de 2009

O passado que atormenta ou completa.


Eu não sei por que penso em pedir desculpa, sei que você não merece, mesmo sabendo que me completa, mesmo sendo errado, eu estou sempre aqui. Realmente eu não sei se é amor, se é raiva ou apenas um troço qualquer aqui dentro de mim. Eu deveria te dizer aquele adeus de verdade, mas você nunca me deixa ir ou eu sinceramente, não quero ir, isso não pode ser amor, mas eu não consigo sentir raiva, só sei que isso está dentro de mim. Eu me preocupo com aquilo que diriam, eu nunca me preocupei antes, mas eu sei que o amor não é algo assim complicado, talvez seja aquela mistura tão errada de prazer e raiva que completa os nossos desejos quando sentimos vontade, mas mesmo assim, meu amor, eu não sinto raiva.

domingo, 28 de junho de 2009

Senti tanto ao ponto de não sentir


Meu olhar longe como aquele de quem olha para o mar, reparando em cada onda que existe e cada movimento diferente que acontece, minha perspectiva cada vez mais dispersa na distração. Eu sei que nada está como sempre foi, mas não noto a diferença beneficente, talvez eu tenha até me esquecido o que realmente me faz bem e o que me faz mal, sinceramente eu me anestesiei ao ponto de esquecer o que é sentir. Seria bem mais fácil eu pegar meu violão e descontar nas cordas, se ao menos eu soubesse tocar, seria bem mais fácil eu destruir minhas cordas vocais se eu pelo menos soubesse cantar, seria bem mais fácil eu me distrair numa dança qualquer, se eu ao menos soubesse o que é dançar. Mas já que mais uma vez eu estou de mãos atadas, sem ter o que fazer para espairecer, o olhar insiste em ficar distante, bem longe de qualquer pensamento que possa vir me trazer algo que me torne mais leve. Esses pensamentos apenas são nostálgicos, e a nostalgia dói, quando ela se refere ao que eu passei com você.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Pensamentos embebedados


A vontade de mostrar realmente o que se passava em minha cabeça não era maior do que a vontade de mostrar aquela superioridade que você odeia tanto. Entre copos e mais copos nada mais surgia em minha cabeça e por segundos, meros segundos, me pegava longe dali, longe de ti, longe da cena deplorável que vi e revi sem dó. Tenho prazer imenso em dizer que não senti tanto quanto imaginava sentir, não senti tanto quanto mereceria. Dói mas tem remedo, destilados atrás de destilados é o que ali curaria. Seus olhares dispersos só me mostrava o quão ainda estou presente em sua vida, de uma maneira menos favorável, mas controlável. Mas o mais engraçado foi a raiva não surgir, o medo explodir e o sorriso insistir em sair

terça-feira, 5 de maio de 2009


Por tantas vezes me perguntei como eu me sentiria, como eu agiria, como e se quer se eu suportaria. Dói, penetra, crava e inflama no meu peito, chegando a anestesiar não me trazendo mais anda a não ser essa lagrima nojenta, acida e amarga. Essa ardência que me toma o peito me transforma em algo evidentemente podre, sem vida, sem graça, sem gosto. O seu sorriso lançado a outro rosto, sua atenção centralizada a outro ser, tão comum quanto qualquer um, tão medíocre como nunca. Fingir não te ver sem ao menos tirar os olhos de você dói e sinceramente eu havia esquecido o quanto dói ainda amar você, mas nem por isso e nem por aquilo eu desisto, eu não te esqueço. Mas que doeu... Ahh isso sim!

domingo, 5 de abril de 2009

Exasperando aquela cena


E aquela musica que estava se distanciando dolorosamente de nossa historia talvez já terminada, será sempre aquela lembrança verdadeira daquilo que nunca acaba, mesmo sendo assim encaminhada. A madrugada não estava fria e a rua vazia mostrava o quão pavoroso era aquele silencio que se exalava depois de nossos corações distantes se encontrarem de uma forma desvairadamente acelerada. Mas nada muda e nada vai mudar, como diz aquela musica que nunca deixará de ser pra ti, o nunca, como o sempre é tão impreciso, mas eu insisto em exaltá-los em meu dia a dia. Talvez isso é que me enfraqueça a cada dia, talvez seria tudo mais fácil se eu soubesse que o pra sempre sempre acaba e que nunca pode se dizer nunca

quarta-feira, 25 de março de 2009

Uma quase paixão.


Aquele sorriso contagiante, olhar discreto e coração disparado. Brincadeira sadia, coração alegre e os dedos inquietos. A cada palavra um olhar disperso se encontra e aquela emoção toma conta do sentimento que se esconde, ou não existe. Paixão minimalista com sentimentos extasiantes. Acordar cedo com a esperança de despertar mais uma manhã animadora e satisfatória a ti, sem ao menos saber se você vai me querer. Mas mesmo assim você me faz bem, tanto faz se é verdade ou não, mas você está presente nos meus pensamentos mais ansiosos e indiscretos, ou talvez nem tanto assim, mas o fogo da quase-paixão está se acendendo calmamente e me submetendo a desejos incansáveis.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Planos inacabados


Essa convulsão de sentimentos e pensamentos me trás náuseas e desejos. Os cigarros já amenizados forçadamente não trás aquelas lembranças intragáveis que antes eu insistia em tragar. Tolerar o intolerável, traçar o impossível. Os dias não tão claros assim me mostram que o ontem está cada vez mais distante e que o presente não existe mais. Patética é a forma que vivo a esperar aquilo que nunca esteve presente, tão patético quanto o sorriso que insisto em te lançar. O cansaço nunca chega e talvez isso é que cansa de verdade. Talvez possa ter ultrapassado os limites, mas isso não importa quando me lembro do bem que você me proporcionava, simples, rápido e avassalador. Tantos planos que não acabarão em prantos, não pra mim, não assim.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

O "para sempre" dúbio.


Madrugadas embriagada de sono, folhando os livros empoeirados, sorrindo para fotos antigas e me extasiando com a fumaça do cigarro aceso no cinzeiro. Talvez ninguém possa entender e acreditar que o para sempre existe, o amor é verdadeiro e a dor é prazerosa. Olhar você mudado, crescido, alegre, me faz mudar, crescer e sorrir. Eu penso tanto no ontem e faço dele o meu hoje para reconstruir o meu amanhã que querendo ou não eu temo, eu temo. Ser pra sempre sua, ter pra sempre a ti. Promessa assim é difícil se definir. Eu te desejo o bem, eu te desejo além, mas não aceito a condição de ser o motivo de outro alguém. Você me faz falta, você me faz bem mesmo não sabendo mais disso. Eu quero poder te ver sorrir de prazer, prazer comigo, prazer amigo, prazer contigo. Amor, eu estou aqui a te sentir, amor eu estou aqui a te esperar e lembre-se o pra sempre, meu bem, existe agora.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Relato de um retrato


Aquela cena doeu tanto quanto as navalhas deslizando em meus pulsos, eu não me corto, mas eu choro. Aquele olhar ainda não me engana, eu sinto que existe aquele brilho que só existia pra mim. Sua fraca voz saindo, seu olhar disperso, suas mãos sem ter o que fazer, todo desajustado e inseguro, é assim que te senti, pra mim. Eu não me engano mais, eu não choro mais, eu apenas minto pra eu mesma e isso dói tanto.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A falta de audácia


Tantos versos jogados no lixo pela veracidade das palavras, tantos textos ocultos pela falta de audácia. Aquelas pedras no caminho se tornaram relaxantes e talvez esse seja o meu erro, me acostumar, não me importar. Hoje o dia amanheceu em cinzas, sem graça, sem vida. Aquele sol negado pela cortina não trazia cor. Meus olhos levemente se fechavam e o ontem nunca mais voltaria. Eu só queria que não tivesse acabado, pois mesmo tortuoso, mesmo perigoso, você me fazia bem, pois você sabe, você entende, eu quero te respirar como se não houvesse o amanha, e talvez ele não exista, talvez você me falte, me sufoque e me mate.


Agradeço ao Junior pela indicação deste selo!

Regras para o Prêmio Dardos:
1 – Aceitar e exibir a imagem.
2 – Linkar o blog do qual recebeu o prêmio.
3 – Escolher 15 blogs para entregar o Prémio Dardos.

Segue os blogs para os quais eu oferto o Dardos’s Awards:
Verdades e suposições... LOUCURAS

Poiesis- o rato contra a vassoura
Manufatura Nova



Agradeço a Nathália pela indicação deste selo!

Regras :
- Postar as regras.
- Listar suas cinco obsessões, apegos ou manias.
- Indicar mais cinco blogs.


Obsessões, apegos ou manias:
- roer unha
- escrever
- desenhar enquanto estou ao telefone
- falo "cara" em quase todas as minhas conversas
- morder



E os blogs que eu indico:
Excertos
O liquidificador
Hortelã com Canela !
Manufatura-nova
Thiago Assis

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Nada tão complicado quanto os menores defeitos



Eu poderia abrir a janela toda manhã e ver o sol que brilha lá fora se ele não ardesse minha vista já cansada, poderia sorrir levemente quando me lembrasse de ti se não doesse tanto em minha alma. Não existem facas, nem navalhas, a dor é controlável e a lagrima inevitável. Mas mesmo assim, aqui estou com uma face cansada e um sorriso embriagado, aquele cigarro torto entre os dedos, sempre a te esperar. Pois você, somente você, consegue me dominar, e sinceramente eu odeio o poder que você exerce sobre mim.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Ontem


Eu sempre preferi as tempestades de incerteza, o frio da madrugada e um cigarro aceso. Sempre preferi o amor complicado do que a veracidade em demasia. A adrenalina, apenas a adrenalina. Sempre gostei de discutir pelo único motivo da reconciliação prazerosa, mas muitas vezes o orgulho atrapalha e eu quase sempre esqueço esse detalhe. Prefiro o salgado ao doce, o doce ao amargo, o amargo a dor. O sempre se tornou tão disperso que não sei se realmente ainda existe ou se chegou a existir. A eternidade é das coisas escondidas, indecifráveis ou apenas não inventadas. A sorte sempre esteve ao meu lado, mas eu nunca tinha percebido, um dia todos cansam e ela por sua vez fez o seu papel. Hoje eu não acredito em sorte, hoje eu não estou nem aí para o ontem. Hoje só é mais um dia que chamaremos de ontem no amanhã.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Para Pathy Ranghetti


Nada tão complexo quanto o nosso carinho, nem tão disperso quanto as nossas conversas. Se não fosse o ontem, se não fosse o agora ou quem sabe o daqui a pouco, tudo estaria simples e belo. Mas são as coisas belas que nos trás mais nojo, nos trás o sarcasmo do dia a dia ou apenas o desprezo mundano. Mundo de farsas, belas frases de impacto. Naquele quarto, com aquela porta trancada e algumas substancias tóxicas nada belas para nos fazer companhia, as conversas fluem, por mais estejamos num quarto com portas e janelas fechadas, abrimos nossos olhos e vemos o quanto esse mundo é mesquinho, tão mesquinho quanto a forma em que as pessoas estão sempre felizes. Esse mundo mesquinho... mesquinho.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Um pensamento para uma tragada.


Eu já estou cansada de procurar o que existe em mim e perceber que estou cada vez mais vazia. Eu quero paz, eu quero amor, eu quero alegria, eu quero é entrar numa linha plausível comigo mesma. Cansei de tomar um café numa praça movimentada, sozinha, ter que dividir mesa com desconhecidos, eu ao menos gosto de café e muito menos de ser simpática. Talvez eu tenha esquecido que tenho que amar ao próximo como a mim mesma, mas eles me cansam, a não ser quando me convém e geralmente quando me convém é quando eu erro. Eu não tenho calma e nem paciência, odeio quando me pedem isso ou mencionam o que eu já sei. Odeio a incerteza do dia a dia, mas quando as coisas estão claras demais, se tornam chatas. Eu adoro essa minha confusão, pena os outros não intenderem.