quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Planos inacabados


Essa convulsão de sentimentos e pensamentos me trás náuseas e desejos. Os cigarros já amenizados forçadamente não trás aquelas lembranças intragáveis que antes eu insistia em tragar. Tolerar o intolerável, traçar o impossível. Os dias não tão claros assim me mostram que o ontem está cada vez mais distante e que o presente não existe mais. Patética é a forma que vivo a esperar aquilo que nunca esteve presente, tão patético quanto o sorriso que insisto em te lançar. O cansaço nunca chega e talvez isso é que cansa de verdade. Talvez possa ter ultrapassado os limites, mas isso não importa quando me lembro do bem que você me proporcionava, simples, rápido e avassalador. Tantos planos que não acabarão em prantos, não pra mim, não assim.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

O "para sempre" dúbio.


Madrugadas embriagada de sono, folhando os livros empoeirados, sorrindo para fotos antigas e me extasiando com a fumaça do cigarro aceso no cinzeiro. Talvez ninguém possa entender e acreditar que o para sempre existe, o amor é verdadeiro e a dor é prazerosa. Olhar você mudado, crescido, alegre, me faz mudar, crescer e sorrir. Eu penso tanto no ontem e faço dele o meu hoje para reconstruir o meu amanhã que querendo ou não eu temo, eu temo. Ser pra sempre sua, ter pra sempre a ti. Promessa assim é difícil se definir. Eu te desejo o bem, eu te desejo além, mas não aceito a condição de ser o motivo de outro alguém. Você me faz falta, você me faz bem mesmo não sabendo mais disso. Eu quero poder te ver sorrir de prazer, prazer comigo, prazer amigo, prazer contigo. Amor, eu estou aqui a te sentir, amor eu estou aqui a te esperar e lembre-se o pra sempre, meu bem, existe agora.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Relato de um retrato


Aquela cena doeu tanto quanto as navalhas deslizando em meus pulsos, eu não me corto, mas eu choro. Aquele olhar ainda não me engana, eu sinto que existe aquele brilho que só existia pra mim. Sua fraca voz saindo, seu olhar disperso, suas mãos sem ter o que fazer, todo desajustado e inseguro, é assim que te senti, pra mim. Eu não me engano mais, eu não choro mais, eu apenas minto pra eu mesma e isso dói tanto.