quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Faz de conta




Os cigarros nem me fazem mais falta, aqueles goles amargos de incerteza acabaram me afogando. É como se minha vida fosse uma montanha russa, é nos altos que consigo realmente sentir a emoção, mas é nos baixos que eu me sinto segura, sabendo sempre que o chão é o ultimo estagio, mesmo doendo, é o que mais me conforta. O que é certo demais não me atrai, o que é obvio demais me enoja, as tempestades são sempre mais reais e isso talvez é o que me faz sentir viva. Eu cansei de dizer que sempre cansei, chorar por sempre desistirem, me martirizar por sempre fracassar. Honestamente o texto só fica poluído se eu escrever tudo aquilo que acontece de verdade, a poluição já é tão exagerada nisso tudo que até me envergonho de continuar. Então faço de conta que nada aconteceu e sorrio sem ao menos saber por quê. Pois eu não posso fazer mal nenhum, a não ser a mim.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Filme sem fim


É como se meu coração batesse em dois ritmos diferentes. Dois amores com dores, sem dores. É estranho. Talvez fosse mais fácil não viver no passado, mas isso é cada vez mais presente. Enquanto os pensamentos mais dolorosos se afastam, chegam os outros e tomam conta não sendo tão difíceis assim de lidar. É como se a cada dia eu acordasse diferente, os sentimentos explodindo a cada instante e eu realmente não sei mais por quem sentir e o que sentir. Qualquer carta do baralho poderia ser a cartada final, mas eu não quero que seja nem o começo do fim. Nunca gostei do que me conforta tanto e muito menos daquilo que nunca trás segurança, acho que é por isso que dois sentidos me acompanham. O difícil é saber que não está tão equilibrado assim. Eu deito na grama e não consigo mais acompanhar os ritmos que antes eu tinha decorado. Tudo muda em segundos, mas sempre acaba voltando no inicio, como se fosse um filme sem fim. E eu nem penso que faz mal