domingo, 12 de setembro de 2010

Volta

E nessa angustia de quem perde a inspiração. De quem demonstra cansaço sem ao menos ter levantado. Das olheiras que confessam gritando as noites mal dormidas. Do passado mais presente do que o próprio presente. Das fotografias amassadas, amareladas, empoeiradas. Saudade, inspiração, saudade. Sinto falta de quando tudo era mais fácil, de quando o tinta da caneta acabava rápido, do excesso de sentimento transformado em palavras e do coração aliviado. É que nem todas as coisas têm caminhado devidamente. E será mesmo que o lugar certo exista? Vale a pena caminhar ao que se diz o certo? E qual seria o certo? Depende da imaginação, depende do quanto tem esperança de um dia, quem sabe, ser feliz. E isso ultimamente tem sido muito pra mim.

Um comentário:

Maria Clara de Claro Lira disse...

Texto fantástico! Adorei muito... as frases sem muitas orações... sempre simples e cansadas. Frases crutas... muito bom!!