segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Tão proibidas quanto os pensamentos de amor é


O sono extremo que se alinha mutuamente com a imensa vontade de aspirar aquela tão cobiçada substancia tóxica, isso se torna mais um refúgio inadequadamente adequado, uma fuga talvez, para escapar da ausência incômoda de pensamentos vazios e talvez dos cheios e conceituados também, quero encontrar um raio iluminado de substâncias tão proibidas quanto a minha enorme vontade de explodir todos os meus sentidos inesperados, nos quais eu consisto em viver. Ao aspirar aquele pó ardente sinto como se tivesse te matando um pouco aqui dentro de mim, não sentia o amor, não sentia o sofrer, e sim o querer, o querer te explodir, o querer de magoar, o querer me vingar. As tardes que passei ao seu lado não passaram de tardes de abstinência de sentidos, era tudo tão comum que eu nem havia percebido que a falsidade, meu caro, ali reinava. Mas ao mesmo tempo, eu não consigo te ignorar simplesmente, eu não consigo te odiar quando te olho nos olhos e percebo que aquele olhar ainda não se perdeu e que no fundo dele ainda brilha aquela magia inexplicável, mas enquanto o dia não passa, enquanto o pó não acaba, enquanto o café não esfria, eu lembrarei de ti e sentirei uma leve brusca vontade de vomitar sangue novamente. O fazer tão bem já não entra em ênfase nesse texto tão medíocre quanto minha forma de sempre confiar em ti.

2 comentários:

Jessica lopes disse...

Sinceramente o melhor texto que li seu até agora !
Muito Bom nathy bem escrito , uma contradição quase poetica como diz vc mesma :)

Beijos

Homenzinho de Barba Mal feita disse...

É estranho a forma como confiamos e dedicamos nossas vidas a outrem.
Muitas é preciso uma dose cavalar de substãncias tranquilizantes, para tentar fugir de uma realidade que persiste.


http://hdebarbamalfeita.blogspot.com/