segunda-feira, 17 de maio de 2010

Me sinta

E mais uma vez surgi essa vontade de mergulhar de cabeça, me entregar de corpo e alma, me deixar levar. Eu não sei o que é calma. Só me lembro da calmaria que teus olhos me trouxeram. Tenho receio, tenho medo, tenho anseio e mais medo ainda. Eu senti meu coração se desprender a procura do seu quando encostei minha cabeça no vidro vendo aquela paisagem passando entre meus olhos. Na simetria perfeita do beijo, no momento exato do desejo, no ter desejado bem antes, no querer competir sem a ambição de ganhar. Me olhe nos olhos, me beija a boca, me sinta, feche os olhos, lembre os momentos, cada cara e careta e pela procura da caneta. Feche os olhos e me sinta, mão a mão, mão a corpo, roçando, escorregando, subindo, descendo. E se tua mão ainda estiver gelada, eu aqueço. Eu embarco nessa contigo. Eu deixo o medo, mas me sinta. E se fosse apenas a minha vontade, passariam vários ônibus, amanhecia e escurecia, ao teu lado eu me senti bem, sendo assim não preciso de mais ninguém. Então me sinta, me ligue na madrugada, me acorde de manhã, me encontre naquela esquina, divida o copo, me passe a fumaça e me sinta.

2 comentários:

Idiota disse...

eu senti.

Luanne de Cássia disse...

esse gosto de se apaixonar é bom, é viciante.